O texto abaixo foi extraído
do site LDS.ORG, “tópicos do Evangelho” - “MANUSCRITO
SPAULDING” e também possui inserções do texto “Spaulding Manuscript”
do site da BYU – Biblioteca Harold B. Lee.
No início do século XIX, um homem chamado Solomon Spaulding
[1] escreveu uma história fictícia a respeito de antigos romanos que vieram
para a América do Norte. Alguns críticos da Igreja alegaram que Joseph Smith
usou o manuscrito para escrever o Livro de Mórmon. Essa alegação foi
desacreditada inúmeras vezes por pessoas tanto de dentro quanto de fora da
Igreja. O Livro de Mórmon foi traduzido de antigos registros pelo dom e poder
de Deus. Não tem nenhuma relação com o manuscrito Spaulding.
Aqueles que não aceitam o Livro de Mórmon como escritura
criaram muitas teorias sobre sua origem. Uma das mais antigas teorias foi a de
que o Livro de Mórmon se baseava no manuscrito de Solomon Spaulding (também
escrito “Spalding”), uma história fictícia sobre os antigos habitantes da
América.
Spaulding nasceu em 1761. Estudou no Dartmouth College, em
Nova Hampshire, e foi ordenado ministro religioso. Mais tarde, abandonou o
ministério e foi morar em Nova York, depois em Ohio e na Pensilvânia, até seu
falecimento em 1816. Nos últimos anos de vida, escreveu um romance que nunca
foi publicado. O manuscrito Spaulding é consideravelmente menor que o Livro de
Mórmon.
As semelhanças entre o seu manuscrito e o Livro de Mórmon
são genéricas e superficiais [2]. A história fictícia de Spaulding fala a
respeito de um grupo de romanos que foi desviado do curso por fortes ventos
durante uma viagem à Inglaterra e acabou indo parar na América. Um dos romanos
narra as aventuras do grupo e a história e cultura do povo que encontraram na
América. Uma parte importante do manuscrito descreve duas nações que viviam
perto do rio Ohio. Depois de uma longa era de paz entre as duas nações, um
príncipe de uma das nações foge com a princesa da outra nação para casarem-se.
Devido a intrigas políticas, a fuga resulta em uma grande guerra entre as duas
nações e a perda de muitas vidas, mas, no final, o príncipe e a princesa têm um
final feliz.
Em 1833, Philastus Hurlbut, que havia sido excomungado da
Igreja, tentou coletar informações depreciativas a respeito de Joseph Smith e
do Livro de Mórmon. Como parte de seu empenho, Hurlbut conversou com várias
pessoas de Ohio que conheciam o Manuscrito Spaulding. Aquelas pessoas assinaram
depoimentos alegando que o Livro de Mórmon se baseava na história de Spaulding.
A despeito dessas alegações, nem Hurlbut nem outros críticos da Igreja
publicaram o Manuscrito Spaulding naquela época, embora estivessem de posse
dele. Por fim, o manuscrito se perdeu. Em 1884, um homem chamado L. L. Rice
encontrou o manuscrito entre alguns outros documentos que havia comprado e o
entregou para o Oberlin College, de Ohio. Rice e James H. Fairchild, reitor do
Oberlin College, examinaram o manuscrito e ambos certificaram que ele não
poderia ter sido a fonte do Livro de Mórmon. A Igreja publicou a história em
1886 [3].
Como outras tentativas de desacreditar o Livro de Mórmon, a
teoria do manuscrito Spaulding baseava-se na crença de que um homem pouco
instruído como Joseph Smith não poderia ter criado um livro tão rico em
detalhes como o Livro de Mórmon e que, portanto, deve ter obtido o conteúdo
dele de alguma outra fonte. Na verdade, Joseph Smith não criou o Livro de Mórmon.
Ele o traduziu de antigos registros pelo dom e poder de Deus. Onze testemunhas
viram as placas das quais o Livro de Mórmon foi traduzido. Embora algumas
dessas pessoas tenham deixado a Igreja, nunca negaram seu testemunho de que o
Livro de Mórmon era a palavra de Deus.
Aqueles que desejarem saber se o Livro de Mórmon é
verdadeiro podem adquirir esse conhecimento por meio do Espírito Santo, que é
prometido a todos os que sinceramente buscarem: “Quando receberdes estas
coisas, eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo,
se estas coisas não são verdadeiras; e se perguntardes com um coração sincero e
com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo
poder do Espírito Santo” (Morôni 10:4).
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Notas
[1] Spaulding nasceu em Ashford, Connecticut, em 21 de
fevereiro de 1761. Ele serviu na Revolução Americana, mais tarde formou-se na
Faculdade de Dartmouth, e tornou-se um clérigo. Em seguida, ele perdeu sua fé
na Bíblia, deixou o ministério, e trabalhou sem sucesso em várias ocupações em
Nova York, Ohio e Pensilvânia até sua morte, perto de Pittsburgh, em 1816. Foi
em 1812 que ele escreveu Manuscrito – o qual ele tentou publicar para se aliviar
da pressão das dívidas.
[2] Existem similaridades na explicação das origens tanto do
Manuscrito de Spaulding como do Livro de Mórmon. A introdução à obra Spaulding
alega que o seu autor estava caminhando perto de Conneaut, Ohio (cerca de 150
milhas a oeste do local em Nova York que Joseph Smith obteve as placas de
ouro), quando ele descobriu um inscrito na pedra plana. Ele removeu a pedras
com uma alavanca e descobrindo uma caverna na qual jazia uma caixa de pedra
contendo vinte e oito rolos de pergaminho. A escrita era em latim. A história é
basicamente secular, não possuindo virtualmente nenhum conteúdo religioso. O
personagem do romance possuía uma “pedra do vidente”, semelhante aos objetos
utilizados por Joseph Smith. No entanto, nenhum dos muitos nomes encontrados em
quaisquer dos volumes se correspondem, nem existe a mais remota semelhança nos
estilos literários.
[3] Crentes no Livro de Mórmon sentiram-se justificados por
esta descoberta, e eles publicaram a obra de Spaulding para mostrar ao mundo
que não era a fonte para o Livro de Mórmon.
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